O que você acha de redes de pesca nos oceanos? Má ideia? Mas e se as
redes tem o objetivo de “pescar” lixo? Essa é a ideia do jovem
holandês Boyan Slat, fundador da Ocean
Cleanup.
A
iniciativa tem o objetivo de reduzir a chamada “sopa plástica”
(composta por garrafas, chinelos, sacolas e outros detritos do mesmo
material) que flutua no oceano; principalmente nos acúmulos aonde
essa “sopa” se concentra (o maior acúmulo se encontra entre a
Califórnia e o Havaí no Oceano Pacífico).
Enquanto
a maioria dos projetos que tentam coletar material plástico utiliza
barcos que rastreiam os oceanos, a equipagem da Ocenan
Cleanup
deve tirar proveito das correntes marítimas para capturar o lixo, as
redes ficarão dispostas na superfície e fixadas com âncoras,
retardando o seu movimento. Os detritos de leve porte serão
capturados pelos equipamentos que convergirão para um ponto
específico pré-determinado para que o material seja coletado.
O
plástico capturado poderá então poderá ser reciclado e
reutilizado, colaborando no custeio do projeto (A Adidas por exemplo,
já lançou um tênis de corrida feito com 95% de plástico retirado
dos oceanos).
O
objetivo é dispor os equipamentos em 100 km de comprimento em forma
de V, compostos por grandes boias de borracha, que flutuam na
superfície do oceano e conectados a redes submersas de até três
metros de profundidade.
A
expectativa é de que os pedaços de plástico que se movem com as
correntes e sejam armazenados em recipientes com capacidade para até
3.000 metros cúbicos de resíduos (suficientes para encher uma
piscina olímpica) que poderão ser reciclados.
O
protótipo, que teve 100 metros de comprimento e custou 1,5 milhão
de euros, foi financiado por crowdfunding
e doações, inclusive do governo holandês. Foi levado para o mar do
Norte dia 22/06/2016 para uma série de testes que foram realizados
durante um ano a 23 km da costa holandesa.
Boyan
é o mais jovem ganhador do Prêmio Campeões da Terra, concedido
pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
abandonou seus estudos de Engenharia Espacial para se dedicar
totalmente a esse projeto, que nasceu quando ele ainda era um
estudante do Ensino Médio e esboçou o projeto em um guardanapo de
papel.
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