Todos
os dias, milhares de litros de remédios e hormônios eliminados pelo
organismo humano seguem para o esgoto. Porém, as estações
de
tratamento de águas residuais ainda não removem eficazmente essas substâncias da água.
tratamento de águas residuais ainda não removem eficazmente essas substâncias da água.
O
consumo cada vez mais crescente de antidepressivos tem um
efeito colateral preocupante no meio ambiente: a maior exposição
de animais marinhos ao acúmulo dessas substâncias químicas.
Num estudo da
revista Environmental
Science and Technology,
pesquisadores americanos detectaram altas concentrações de resíduos
de antidepressivos no cérebro de 10 espécies de peixes encontradas
nos Grandes Lagos, nos Estados Unidos.
“Em
geral, o tratamento de águas residuais concentra-se em matar
bactérias causadoras de doenças e extrair matéria sólida, como
excremento
humano. Os antidepressivos, que são encontrados na urina das pessoas, são amplamente ignorados, juntamente com outros produtos químicos que se tornaram comuns[...] Como resultado, a vida selvagem é exposta a todos esses produtos químicos. Os peixes estão expostos a um coquetel de drogas 24 horas por dia, e agora encontramos essas drogas em seus cérebros”, diz em comunicado a principal autora do estudo, Diana Aga, professora de química na Universidade Buffalo College of Arts and Sciences.
humano. Os antidepressivos, que são encontrados na urina das pessoas, são amplamente ignorados, juntamente com outros produtos químicos que se tornaram comuns[...] Como resultado, a vida selvagem é exposta a todos esses produtos químicos. Os peixes estão expostos a um coquetel de drogas 24 horas por dia, e agora encontramos essas drogas em seus cérebros”, diz em comunicado a principal autora do estudo, Diana Aga, professora de química na Universidade Buffalo College of Arts and Sciences.
Segundo
os cientistas, os resíduos de antidepressivos podem alterar
genes responsáveis pela construção do cérebro dos peixes e mudar
seu comportamento. Eles podem se tornar mais ansiosos, antissociais,
agressivos ou até mesmo homicidas. Os medicamentos ainda podem
afetar o comportamento alimentar dos peixes ou seus instintos de
sobrevivência, como a capacidade de responder à presença de
predadores.
Para
os cientistas, mudanças como essas têm o potencial de interromper o
delicado equilíbrio entre as espécies que ajudam a manter
o ecossistema estável.
Os
antidepressivos são os medicamentos mais comumente prescritos nos
Estados Unidos. A porcentagem de americanos que tomam este tipo de
medicamento aumentou 65% entre 2002 e 2014, de acordo com o Centro
Nacional de Estatísticas de Saúde daquele país.
Enquanto
isso, no Brasil, de acordo com a OMS, em seis anos, houve um salto de
74% no número de antidepressivos adquiridos, foram 35.453 unidades
em 2010 contra 61.859 em 2016, ficando apenas abaixo da vendo de
analgésicos que são os medicamentos mais prescritos por enquanto.
Apesar
do efeito na vida marinha, os cientistas dizem que os níveis
encontrados na água potável ainda são baixos para causar danos
notáveis aos seres humanos, principalmente se a cabeça do
peixe não for consumida.
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